segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

rotinas de regime

estou a ouvir o deputado socialista josé lello no programa vice-versa (moderado com simpatia ao regime ou não fosse a televisão estatal) e cheguei às seguintes conclusões.

- O estado é obeso, e como poder não discute ideias, limita-se a disparar lugares comuns da argumentação conforme o bê-á-bá da política.

exemplo: A resposta de José Lello quando confrontado com os dados que põem Portugal como o quarto país que mais perdeu emprego com a crise responde com um: "não somos únicos, olhe para a América, olhe para a Espanha"


- O deputado socialista José Lello é um anacronismo político, pois considera que o eleitorado de um partido é traído quando esse mesmo partido vota favoravelmente uma proposta de um outro partido.

Há muito que penso que para o partido socialista, nem Portugal, nem os portugueses estão no lugar cimeiro da sua solidariedade. Quer isto dizer que a solidariedade praticada pelo Partido Socialista e que é exercida incondicionalmenete em defesa dos seus pares, é em primeiro lugar socialista, só depois humanista.

A política há muito que se tornou ela própria a sua razão de ser, e erra ao pensar que só Salazar pode cair da cadeira.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

falso alarme

O que mais me perturba na política, é que se inventássemos um pequeno polígrafo portátíl que acompanhando o político de carreira assinalasse as mentiras com um audível sinal sonoro, isso só iria fazer o político mentir melhor.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

o leitmotif

Ao passar os olhos no título "Ministro «ofendido» com notícias que dizem que interferiu no caso... " a propósito das eventuais pressões sobre os magistrados do processo freeport, decidi criar este blog, roscof, i.e. roscof-come-pt, ou seja o roscof, os roscofs, a roscofusite que ineroxavelmente vai devorando o país.

Poderia ter havido melhor inspiração?
poderia...

mas conceder-me-á quem me estiver a ler, que dificilmente poderia haver melhor resumo...

Nada me fere no acto de infromar, e apesar de pessoalmente não pôr as mãos no fogo pelo cidadão em questão, mais que o uso da indignação como escudo de defesa, assusta-me a negação do óbvio.

Como se num governo maioritário e que governa maioritariamente recusando quaisquer consensos que não sejam aqueles com a sua própria maioria, como se num governo que impõe a sua vontade e subsequentemente funciona num quero, posso e mando, alguém com o cargo de Ministro da Justiça e sem outras aspirações políticas, se escusasse ao acto de solidariedade de contrariar o asfixiamento político de quem o convidou para o cargo. ~

Poderia acontecer?
Poderia...
mas teria de ser elguém incontornávelmente recto, o que nos dias de hoje significa alguém exemplarmente extraordinário.

Não é o caso.