sábado, 6 de março de 2010

despojos dos dias...

Enquanto via a parte final de Despojos do Dia, nomeadamente a parte em que os enviados de Hitler a Darlington Hall mentiam descarada e despuradamente, ocorreu-me que qualquer país confrontado com ascensão de mediocridade está tão a saque quanto maior for a mediocridade das suas elites do momento...

A este propósito apetece-me perguntar:

Alguém tem lido as transcrições das escutas publicadas na imprensa?


...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

alguma parcimónia e decoro, please....


o título da notícia é "Jorge Lacão desafia Ferreira Leite a voltar atrás na comparação entre Portugal e Grécia"

e na notícia o sr Lacão utiliza algumas expressões que me confundem, não pelo seu significado, mas por quem as profere. Expressões como responsabilidade, interesse nacional, conduta de um líder político devem ser usadas com extrema cautela por qualquer membro do executivo sócrates, correndo-se o risco, ao não proceder dessa forma, de criar atritos no governo tamanha a quebra de solidariedade com o líder. Não vou aqui ilustrar exaustivamente, opto por resumidamente afirmar que um governo liderado por um cidadão éticamente questionável conduziu o país ao risco real de falência...haverá maior irresponsabilidade?

o governo tem alguma coisa a dizer para além de explicações que historicamente lhe serão inevitavelmente exigidas? sempre e quando o quiser, mas quando o fizer invocando as expressões acima referidas pede-se alguma parcimónia e decoro, please....

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010


Continuam as audições na comissão de ética. Seria a isto que Guterres se referia quando falou num pântano? Parece-me inevitável a população portuguesa no seu geral já ter percebido que há manipulações, há corrupção, há mentira, há habilidades e uma ESCANDALOSA promiscuídade entre o poder "executivo político" e os demais poderes executivos, no entanto a charada continua, desmente-se o indesmentível e arrasta-se na lama o pouco de dignidade formal que ainda restava ao estado.

Vi com atenção a audição a Armando Vara, e salvo melhor opinião, pareceu-me que Vara evitou, torneou ou mastigou as respostas tornando-as inúteis tais as quantidades de palha com que pareceu alimentar a referida comissão de ética e a população interessada em geral.

Interessante a explicação deste proeminente socialista quando confrontado com a redução drástica do investimento de publicidade por parte do BCP quando da sua entrada na administração. De acordo com o deputado do PSD que levantou a questão, a redução não foi transversal, houve excepções, no semanário Sol a redução foi de cerca de 80%, enquanto o investimento no grupo controlinveste de Joaquim Oliveira (Diario de Notícias, Jornal de Notícias, jornais que têm defendido o regime com unhas e dentes) subiu na ordem dos 1500%...

Ah! a explicação é que os numeros existem no banco mas ele não os trouxe, talvez numa outra ocasião porque "se soubesse tinha-os trazido".... ahhhh guterres, "volta" estás perdoado.


Não admira que no fim da audição o homem estivesse vermelho, e de certeza que não é por ser do Benfica....

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O Presidente da Junta

O PS vai impor a disciplina de voto em relação aos diplomas do Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) e do Bloco de Esquerda (BE) sobre o casamento homossexual, mas admite excepções que serão analisadas pelo líder parlamentar...


isto faz-me lembrar um regime qualquer...

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

rotinas de regime

estou a ouvir o deputado socialista josé lello no programa vice-versa (moderado com simpatia ao regime ou não fosse a televisão estatal) e cheguei às seguintes conclusões.

- O estado é obeso, e como poder não discute ideias, limita-se a disparar lugares comuns da argumentação conforme o bê-á-bá da política.

exemplo: A resposta de José Lello quando confrontado com os dados que põem Portugal como o quarto país que mais perdeu emprego com a crise responde com um: "não somos únicos, olhe para a América, olhe para a Espanha"


- O deputado socialista José Lello é um anacronismo político, pois considera que o eleitorado de um partido é traído quando esse mesmo partido vota favoravelmente uma proposta de um outro partido.

Há muito que penso que para o partido socialista, nem Portugal, nem os portugueses estão no lugar cimeiro da sua solidariedade. Quer isto dizer que a solidariedade praticada pelo Partido Socialista e que é exercida incondicionalmenete em defesa dos seus pares, é em primeiro lugar socialista, só depois humanista.

A política há muito que se tornou ela própria a sua razão de ser, e erra ao pensar que só Salazar pode cair da cadeira.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

falso alarme

O que mais me perturba na política, é que se inventássemos um pequeno polígrafo portátíl que acompanhando o político de carreira assinalasse as mentiras com um audível sinal sonoro, isso só iria fazer o político mentir melhor.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

o leitmotif

Ao passar os olhos no título "Ministro «ofendido» com notícias que dizem que interferiu no caso... " a propósito das eventuais pressões sobre os magistrados do processo freeport, decidi criar este blog, roscof, i.e. roscof-come-pt, ou seja o roscof, os roscofs, a roscofusite que ineroxavelmente vai devorando o país.

Poderia ter havido melhor inspiração?
poderia...

mas conceder-me-á quem me estiver a ler, que dificilmente poderia haver melhor resumo...

Nada me fere no acto de infromar, e apesar de pessoalmente não pôr as mãos no fogo pelo cidadão em questão, mais que o uso da indignação como escudo de defesa, assusta-me a negação do óbvio.

Como se num governo maioritário e que governa maioritariamente recusando quaisquer consensos que não sejam aqueles com a sua própria maioria, como se num governo que impõe a sua vontade e subsequentemente funciona num quero, posso e mando, alguém com o cargo de Ministro da Justiça e sem outras aspirações políticas, se escusasse ao acto de solidariedade de contrariar o asfixiamento político de quem o convidou para o cargo. ~

Poderia acontecer?
Poderia...
mas teria de ser elguém incontornávelmente recto, o que nos dias de hoje significa alguém exemplarmente extraordinário.

Não é o caso.